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Infraestrutura Verde Urbana


No dia 26 de julho tive a oportunidade de participar do debate sobre Infraestrutura Verde Urbana, promovido pela Associação Nacional de Paisagismo em parceria com o Museu da Casa Brasileira. Este foi apenas o primeiro de uma série de debates a serem realizados sobre paisagismo e temas correlatos e, a contar pelo sucesso do evento, não quero nem pensar em perder os seguintes.

A mesa estava composta por João Jadão e Eliana Azevedo (membros da diretoria da ANP), pelo Deputado Federal Ricardo Izar e pelos paisagistas Julio Pastore, Raul Cânovas e Gilberto Elkis. A convidada de honra desta primeira edição foi Cecília Herzog, paisagista urbana e professora, que acumula atividades e cargos de chefia em diversas associações ligadas ao tema de Ecologia Urbana e, segundo ela, ainda é mãe, mulher e cuida de um sítio onde vive com a família.

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Abertura do evento.

Membros da mesa.

Cecília nos presenteou com uma palestra acalorada, apaixonada e, porque não, entusiasmante. Nos fez refletir sobre os grandes problemas enfrentados pelas cidades brasileiras e sobre o papel que desempenhamos, ou poderíamos estar desempenhando, neste atual cenário. Trouxe o resultado de pesquisas que realiza pelo mundo todo - bem documentadas através de fotos e gráficos - e as soluções adotadas por cada cidade na tentativa de aproximar o verde das pessoas.

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Cecília Herzog.

Claro, tantos exemplos não passaram despercebidos: geraram amplo debate na plateia e membros da mesa, principalmente comparando-os à realidade brasileira atual. Segundo as palavras da própria Cecília:

“Parece que o Brasil está fora do planeta Terra. Aqui ainda estamos na era da energia suja, dos carros, da canalização de rios e córregos, da expansão urbana sobre áreas sujeitas a inundações e deslizamentos, transformando as nossas paisagens de forma totalmente inconsequente e irresponsável. Estamos nesse paradigma de um desenvolvimento insustentável a qualquer custo. E esse custo é altíssimo! Até quando?”

O clima na plateia era ao mesmo tempo de tristeza, pelo atual sistema de desenvolvimento em que estamos inseridos, mas também de esperança por tempos melhores... ficou assim dividida, entre os pessimistas x otimistas, entre os “é tudo culpa dos políticos” x “somos todos responsáveis”, e como resultado tivemos um debate acalorado que, ao meu ver, contribuiu para que todos saíssemos dali um pouquinho diferentes, com certeza mais bem informados e cientes do nosso potencial papel transformador.

Na plateia, destaco a participação da ativista Claudia Visoni, uma das fundadoras do grupo Hortelões Urbanos, que nos deu exemplos práticos de como cada um pode modificar o ambiente ao seu redor, destacando as hortas urbanas colaborativas implementadas na cidade e demais projetos em que está engajada, inclusive na subprefeitura de Pinheiros.

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Claudia Visoni, do grupo Hortelões Urbanos.

Na mesa, destaco também a participação do deputado Ricardo Izar, relator do projeto de Lei sobre a Regulamentação da Profissão de Paisagista, que nos mostrou o outro lado da moeda, defendendo a importância da participação da população nas sessões plenárias e maior acompanhamento dos projetos de lei que são encaminhados à votação.

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De tudo, acredito que ficou evidente o papel do paisagista enquanto profissional transformador, com amplo potencial de tornar nossas cidades, ruas e moradias em locais melhores, mais saudáveis, mais bem relacionadas à natureza e cultura locais. Sinto-me privilegiada em ter participado de tão produtivo debate e aguardo ansiosa pela realização dos demais.

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